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domingo, 22 de junho de 2008

CARRAPATO

Um carrapato ou carraça é um artrópode da ordem dos ácaros, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças.



Localização
Encontra-se difundido por toda a Terra, tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser humano ou animal de cujo sangue se alimenta, sendo por isso considerado hematófogo e um dos principais vetores de muitas doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e riquétsias, que transmitem doenças ao homem e animais.

Existem espécies microscópicas até 25 mm de diâmetro. Vivem em touceiras, capim, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos, em continentes como a África, América do Norte, América do Sul e América Central, Oceania e Ásia, enfim em qualquer lugar da Terra.
Forma

Os carrapatos geralmente têm a forma oval e quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, porém após se alimentarem ficam convexos e até esféricos.

Sua carapaça é composta por quitina, na forma de um exoesqueleto, bem resistente e firme em relação a sua pouca espessura.

Tipos
Há dois tipos:
Parasitas permanentes que ficam toda vida adulta em seus hospedeiros.
Parasitas temporários ou ecto-parasitas.

Danos ao hospedeiro
Pode causar danos de:
Natureza espoliativa - Quando extrai grande quantidade de sangue, quer pela sua quantidade, como pelo nível de infestação.

Ação tóxica - Causada pela saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;

Ação patogênica - Referente quanto à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por diversos agentes causadores de enfermidades, tais como vírus, riquetzias, etc.como consequência transmitirem ao picar diversas moléstias, como a febre maculosa entre tantas.

Espécies
Entre as mais comuns, podemos citar:
Argas - Exemplo A. persicus, que ocorre em todo o Brasil, atinge mais as aves domésticas e selvagens, além do homem. É o transmissor para as aves, da Espiroquetose aviar, transmitindo também aos pombos a infecção paralítica causada pela Salmonella typhimurium.

Dermacentor - Neste gênero, está incluído o Dermacentos marginatus que vive mais no cavalo, cão e ovelha e é encontrado na Alemanha e zonas pantanosas do Hesse, além da Hungria, onde é apontado como transmissor da Piroplasmose esporádica do cavalo transmitido pelo vetor Babesia caballi.

Dermanyssus gallinae - Vulgarmente chamado de ácaro vermelho das aves, vive geralmente em galinheiros sem higiene, atacando pombos e galinhas, além de faisões, patos, gansos e aves canoras engaioladas. Durante o dia permanecem escondidos em fendas das instalações onde as aves se alojam, para saírem a noite, retornando a seus esconderijos quando de estômago cheio.

Haemaphysalis - Encontrado na Alemanha e no Oriente Médio, é o transmissor da Febre Q.

Hyalomma - Geograficamente encontrados na África, Ásia e região mediterrânea da Europa, na maioria dos casos utilizam-se de dois hospedeiros, principalmente cães e outros carnívoros e são transmissores da babesiose ao cão e aos eqüinos , assim como a Teileriose.

Ornithodorus - Este parasita localiza-se quase sempre no pavilhão auricular de seus hospedeiros, e transmite a febre recorrente, causada por um espiroqueta é denominada também de a Febre das Montanhas Rochosas (Riquetziose) nos EUA.

Rhipicephalus - O exemplar mais importante desse gênero, é o Rhipicephalus sangüíneas transmissor da Teileriose e Piroplasmose no cão. É encontrado no Brasil e na África , e em algumas zonas temperadas do mundo.

Ixodes - Vive entre os mais diversos animais mamíferos, inclusive aves domésticas e selvagens, répteis e o homem. A ação tóxica manifesta-se clinicamente por reações cutâneas com prurido e eritema, febre, podendo chegar até a paralisias com contraturas, algumas vezes podendo ter curso mortal.

No Brasil
Os carrapatos mais comuns no Brasil são:
Carrapato-de-boi (Boophilus microplus): que causa no gado a doença "Tristeza Bovina".

Carrapato-de-cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyomma cajennense): é o que mais persegue o homem. Também infesta mamíferos domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como roduleiro. Fica grande, do tamanho de um feijão verde, ou até maior. A sua forma larval, o micuin, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuin, que pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e chega haver inflamação.

Carrapato-de-galinha (Argas miniatus): que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis.

Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus): típico de cães e gatos. Os adultos preferem instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. É de difícil controle.

Doenças trasmitidas ao ser humano
A encefalite humana, pode ser transmitida inclusive por carrapatos, a partir de portadores do vírus, tais como toupeira, ratos e aves, ao serem sugado sangues contaminados.

A espécie Ixodes ricinus, assim como outras espécies do gênero Dermacentor, são os causadores da moléstia denominada Paralisia em várias espécies animais, sobretudo na ovelha e no homem mais em crianças. Transmitida pela fêmea, fixando-se na região occipital próximo a coluna vertebral e centro respiratório, podendo provocar falta de coordenação motora no ato de andar, como tombos e mesmo incapacidade de permanecer em pé, seguindo-se vômitos e até morte do doente.

Tratamento antiparasitismo
O diagnóstico da infestação por esse parasita é muito fácil, efetuado pela simples visualização com vista desarmada desse hóspede, de permeio (procura) à pelagem ou plumagem dos animais, cuja presença também provoca coceira.

Se a infestação for pequena, a aplicação de graxas neutras, óleos ou glicerina provocará a oclusão dos estigmas respiratórios desses hóspedes indesejáveis, que após algumas horas facilmente se desprenderão dos locais em que estejam alojados.

Se for de grande quantidade, somente a aplicação de banhos sob a forma de imersão em banheiras especiais, denominados banheiras carrapaticidas, ou então a aspersão ou pulverização de substâncias especiais, denominadas carrapaticidas, poderá efetuar a eliminação desses hóspedes nocivos.

Produtos
Até pouco tempo atrás era utilizado o arsênico como carrapaticida, porém devido os acidentes que ocorreram por incúria na sua aplicação, foi o mesmo abandonado como meio de tratamento.

Algum tempo depois, também o DDT e o BHC, substâncias essas sintéticas cloradas e fosforadas foram também utilizadas como carrapaticidas, que também foram abandonadas pela ocorrência de intoxicações e mesmo mortes em animais tratados, e pelo efeito efetivamente cumulativo no organismo dessas substâncias.

Hoje, substâncias fosforadas sintéticas como o Assuntol, Trolene, Ruelene e Neguvon são as mais utilizadas como carrapaticidas em todo o mundo.

Prevenção
Para a prevenção dessa parasitose, os meios que mais têm funcionado são as aplicações sistemáticas de carrapaticidas nos animais. Para tal, as modernas banheiras carrapaticidas quer de imersão quer de aspersão ou pulverização são as melhores.

As aplicações devem guardar um intervalo característico para cada espécie animal, assim como ter-se em conta a espécie do carrapato a ser exterminado ou controlado.

Em se tratando de cães ou gatos parasitados por carrapatos, deve ser tomado especial cuidado na prescrição do inseticida a ser utilizado para seu combate, pelo fato de serem tais animais carnívoros, e por isso especialmente sensíveis às substâncias sintéticas cloradas ou fosforadas usualmente fabricadas para referida utilização. Além desse cuidado, redobrada atenção durante a aplicação do inseticida é também indicada, evitando-se que o animal ingira ou aspire o produto na hora de sua aplicação, sob pena de intoxicações muitas vezes graves causadas por tais produtos quando acidentalmente absorvidos.

Se a infestação for leve, existem no mercado produtos específicos para cães e gatos, aplicados na forma de pulverização por todo o corpo do animal ou diretamente na nuca do mesmo, que se seguidas devidamente as instruções, não oferecem riscos de intoxicação ao animal.


CARRAPATO


São os carrapatos descritos em Zoologia na Ordem dos Acarina, e encontram-se difundidos por toda a Terra, e concomitantemente à sua atividade hematófaga, intervém também como transmissores de muitos outros agentes causadores de doenças, como vírus, bactérias, protozoários e riquétzias, funcionando portanto como vetores de doenças, tanto aos animais como ao homem.

Geralmente têm a forma oval, e quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, porém quando repletos de sangue de seus hospedeiros, pois é o sangue seu alimento, apresentam-se então convexos e até esféricos.

Algumas espécies podem ter até 25 mm de diâmetro, e sua carapaça quitinosa de revestimento, verdadeiro exo-esqueleto, é firme e resistente, relativamente à sua pouca espessura.

Algumas espécies permanecem toda vida adulta sobre seus hospedeiros, e por isso classificados como parasitas permanentes, outros abandonam-no após haverem sugado sangue e então são classificados como parasitas temporários, melhor dizendo, ecto-parasitas temporários, pois vivem na cobertura pilosa dos mamíferos, seus hospedeiros, apenas parte de seus ciclos biológicos de vida.

Os danos que podem causar à saúde de seus hospedeiros, são de:
Natureza espoliativa - pela quantidade de sangue que podem retirar no ato de sugar, o que é diretamente proporcional não só a quantidade de carrapatos presentes sobre o hospedeiro, como também à sua voracidade e tamanho;

Ação tóxica - causada pela natureza da saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;

Ação patogênica - conseqüente à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por agentes outros causadores de enfermidades, taiscomo vírus, riquetzias, etc. e então transmitirem junto à picada também moléstias outras;

Concomitantemente ao parasitismo por carrapatos, evidencia-se uma imunidade específica nos animais atacados, estando os animais velhos mais protegidos que os jovens, e os importados menos que os autóctones de uma determinada região, à uma determinada espécie também de carrapato.

Dentre as espécies mais comuns, podemos citar:
Argas - Com o denominado A. persicus, que ocorre em todo o Brasil, e parasita preferentemente aves domésticas e selvagens, além do homem. É o transmissor para as aves, da Espiroquetose aviar. Transmite também à pombos, infecção paralítica (Salmonella typhimurium), que pode permanecer latente vários meses nesse parasita.

Dermacentor - Neste gênero, está incluído o:

Dermacentos marginatus - Hospedeiro do cavalo, cão e ovelha, é encontrado na Alemanha e zonas pantanosas do Hesse, além da Hungria, onde é apontado como transmissor da Piroplasmose esporádica do cavalo (Babesia caballi).

Dermanyssus gallinae - Vulgarmente chamado de ácaro vermelho das aves, vive geralmente em galinheiros sem higiene, atacando pombos e galinhas, além de faisões, patos, gansos e aves canoras engaioladas; Durante o dia permanecem escondidos em fendas das instalações onde as aves se alojam, para saírem a noite, para saciarem seu apetite de sangue, retornando a seus esconderijos quando o estômago estiver cheio.

Haemaphysalis - Encontrado na Alemanha e no Oriente Médio, sendo o transmissor da Febre Q.

Hyalomma - Geograficamente encontrados na África, Ásia e região mediterrânea da Europa, na maioria dos casos utilizam-se de dois hospedeiros, principalmente cães e outros carnívoros e são transmissores da babesiose ao cão e aos eqüinos , assim como a Teileriose.

Ornithodorus - Este parasita localiza-se quase sempre no pavilhão auricular de seus hospedeiros, e lhes transmite a febre recorrente, causada por um espiroqueta e também a Febre das Montanhas Rochosas (Riquetziose) nos EUA.

Rhipicephalus - O exemplar mais importante desse gênero, é o Rhipicephalus sangüíneas transmissor da Teileriose e Piroplasmose ao cão. É encontrado no Brasil e na África , e em algumas zonas temperadas do mundo.

Ixodes - Encontrado parasitando os mais diversos animais mamíferos, inclusive aves domésticas e selvagens, répteis e o homem. A ação tóxica manifesta-se clinicamente por reações cutâneas com prurido e eritema, febre, podendo chegar até a paralisias com contraturas, algumas vezes podendo ter curso mortal.

A encefalite humana, pode ser transmitida inclusive por carrapatos, a partir de portadores do vírus, tais como toupeira, ratos e aves, ao serem sugado sangues contaminados.
A espécie Ixodes ricinus - assim como outras espécies do gênero Dermacentor, são os causadores da moléstia denominada Paralisia por carrapatos, em várias espécies animais, sobretudo na ovelha e no homem (crianças);

Parece somente terem tal atividade as fêmeas de carrapato , pouco antes de iniciarem a postura, quando se fixando na região occipital, na proximidade da coluna vertebral próximo do centro respiratório, podem provocar falta de coordenação motora no ato de andar, com tombos e mesmo incapacidade de permanecer em pé, seguindo-se vômitos e até morte do doente.

O diagnóstico da infestação por esse parasita é muito fácil, efetuado pela simples visualização com vista desarmada desse hóspede, de permeio à pelagem ou plumagem dos animais, cuja presença também provoca coceira, a qual é concomitantemente notada nos hospedeiros, esta maior ou de menor intensidade, de acordo com a sensibilidade individual de cada hospedeiro parasitado. Quando o parasitismo é pequeno, a aplicação de graxas neutras, óleos ou glicerina, provocarão a oclusão dos estigmas respiratórios desses hóspedes indesejáveis, que após algumas horas facilmente se desprenderão dos locais em que estejam alojados.

Já sendo a infestação em grande quantidade , somente a aplicação de banhos sob a forma de imersão em banheiras especiais, denominados banheiras carrapaticidas, ou então a aspersão ou pulverização de substâncias especiais, denominadas carrapaticidas, poderá efetuar a eliminação desses hóspedes nocivos.

Até pouco tempo atrás era utilizado o arsênico como carrapaticida, porém devido os acidentes que ocorreram por incúria na sua aplicação, foi o mesmo abandonado como meio de tratamento; Algum tempo depois, também o DDT e o BHC, substâncias essas sintéticas cloradas e fosforadas foram também utilizadas como carrapaticidas, que também foram abandonadas pela ocorrência de intoxicações e mesmo mortes em animais tratados, e pelo efeito efetivamente cumulativo no organismo dessas substâncias.

Hoje, substâncias fosforadas sintéticas como o Assuntol, Trolene, Ruelene e Neguvon são as mais utilizadas como carrapaticidas em todo o mundo.

Para a prevenção dessa parasitose, os meios que melhor tem funcionado, são as aplicações sistemáticas de carrapaticidas nos animais. Para tal, as modernas banheiras carrapaticidas quer de imersão quer de aspersão ou pulverização são os melhores; As aplicações, devem guardar um intervalo característico para cada espécie animal, assim como ter-se em conta a espécie do carrapato a ser exterminado ou controlado.

Em se tratando de cães ou gatos parasitados por carrapatos, deve ser tomado especial cuidado na prescrição do inseticida a ser utilizado para seu combate, pelo fato de serem tais animais carnívoros, e por isso especialmente sensíveis às substâncias sintéticas cloradas ou fosforadas usualmente fabricadas para referida utilização. Além desse cuidado, redobrada atenção durante a aplicação do inseticida é também indicada, evitando-se que o animal ingira ou aspire o produto na hora de sua aplicação, sob pena de intoxicações muitas vezes graves causadas por tais produtos quando acidentalmente absorvidos.

Quando a infestação for leve, existem no mercado produtos específicos para cães e gatos, aplicados na forma de pulverização por todo o corpo do animal ou diretamente na nuca do mesmo, que se seguidas devidamente as instruções, não oferecem riscos de intoxicação ao animal.


CARRAPATO
CARRAPATO BOOPHILUS MICROPLUS
Reino Metazoa

Filo Arthropoda

Sub-Filo Chelicerata

Classe Arachnida

Sub-classe Acari

Super Ordem Parasitiformes

Ordem Ixodida

Sub-ordem Metastigmata

Família Ixodidae

Grupo Metastriata

Sub-família Rhipicephalinae

Gênero Boophilus

Espécie Boophilus microplus



A sub-classe Acari, da classe Arachnida, à qual pertencem os carrapatos e outros ácaros é um grupo muito heterogêneo, apresentando grande diversidade de hábitos e habitats (GUIMARÃES et al, 2001). Os carrapatos, particularmente, pertencem a ordem Ixodida, Esta ordem pode ser dividida em três famílias: Argasidae, Nuttalliellidae e Ixodidae.

Os exemplares de Boophilus agrupam-se em cinco espécies, sendo a mais difundida e única encontrada no Brasil Boophilus microplus (CANESTRINI). Seu nome, do grego, significa: Boo = boi, philus = “amigo”, microplus = menor, ou seja o “menor amigo do boi”.



Distribuição
O B. microplus é um carrapato com ampla distribuição mundial, estando presente na faixa contida entre os paralelos 32° N e 32° S. O carrapato bovino tem destacada importância nos países da América Latina, África e Oceania. No Brasil, esse carrapato foi introduzido com o gado trazido pelos primeiros colonizadores e atualmente encontra-se distribuído em quase todos os estados.

Segundo CANESTRINI (apud GUIMARÃES et al, 2001), o Boophilus microplus é descrito da seguinte maneira:

Morfologia
Corpo relativamente pequeno, indivíduos adultos, não ingurgitados alcançam freqüentemente 2 a 3 mm de comprimento, sem ornamentações. Capítulo (ou gnatossoma, ou cabeça falsa, situado antero-dorsalmente) hexagonal dividido em base do capítulo, hipostômio (prolongamento da parede ventral do capítulo que contém os dentes curvos), quelíceras (dilaceração dos tecidos e fixação ao hospedeiro) e palpos (apêndices pares, situados lateralmente ao hipostômio, bem visíveis) . Aparelho bucal curto, hipostômio mais longo que os palpos. Placas espiraculares circulares. Sulco anal e festões ausentes. Machos com quatro placas adanais longas e distintas, com corpo terminando em uma ponta aguda. Nas fêmeas o corpo termina normalmente arredondado.

Biologia
Carrapato de um só hospedeiro. Seu desenvolvimento se completa em duas fases: fase parasitária que ocorre sobre os bovinos, e fase de vida livre, em que o carrapato, completa o ciclo no solo, após abandonar seu hospedeiro. Espécie muito abundante, parasita predominantemente bovinos e só excepcionalmente ataca o homem.

Fase Parasitária
Esta fase começa com a subida da larva infestante no hospedeiro. Após a fixação são denominadas “larvas parasitárias”. Estas procuram uma área no animal para a fixação, normalmente em locais abrigados das defesas mecânicas do hospedeiro, tais como, base da cauda, barbela, peito e parte posterior das coxas. Não obstante, o animal se defende com o ato de se lamber, movimentos da cauda, que são verdadeiras vassouras para as larvas. Junto ao local de fixação aparecem zonas de hiperemia e inflamação. A larva após a troca de cutícula (metalarva), dá origem a ninfa, por volta de 8 a 10 dias (ATHANASSOF, 1953). Esta alimenta-se de sangue, sofre uma muda (metaninfa) , ao redor do 15.º dia (ATHANASSOF, 1953) e transforma-se em adulto imaturo, neandro (macho) e neógina (fêmea).

A fêmea após o acasalamento, começa a alimentação até o ingurgitamento total, que propicia sua queda ao solo. Ocasionalmente os machos alimentam-se, porém não ingurgitam de sangue. Eles perambulam pelo corpo do hospedeiro por mais de dois meses, acasalando as fêmeas. A fase parasitária dura aproximadamente 21 dias, na qual o carrapato paasa por todos os estágios. Alimentam-se de linfa, estratos teciduais e plasma. As larvas são hexápodas e não apresentam placas espiraculares. As ninfas e os adultos são octopodas e apresentam placas espiraculares sendo muito semelhantes, distinguindo-se pela ninfa não apresentar aparelho reprodutor e pelo seu tamanho. (GUIMARÃES et al, 2001).

Fase de vida livre
A fase de vida livre inicia-se com a queda de fêmeas ingurgitadas “teleóginas” e culmina quando as larvas eclodidas encontram o hospedeiro. A teleógina ao desprender-se do animal parasitado, cai no solo em geral na primeira metade da manhã, procurando locais abrigados de incidência direta de luz solar para sua ovoposição. O período compreendido entre a queda e o início da postura é chamado de pré-postura. Em condições ideais de temperatura (em torno de 27 ºC) a pré-postura leva cerca de três dias. Em temperaturas entre 27 e 28 ºC e com alata umidade (aproximadamente 80%), a postura e a eclosão ocorrem aproximadamente em 18 dias. A fêmea morre logo após a postura. Normalmente uma teleógina coloca cerca de 3000 a 4000 ovos estando a ovoposição concluída por volta de 12 a 14 dias.

O período médio de incubação é de aproximadamente 25 dias. Em condições climáticas favoráveis, uma semana depois da ovoposição inicia-se a eclosão das larvas que, dependendo da época da época do ano pode levar de 6 semanas até 6 meses. As larvas recém eclodidas migram para as folhas mais altas, onde podem localizar o hospedeiro pelo odor ou vibrações. Nesta fase, elas se tornam “larvas infestantes”. Após 3 a 5 dias da eclosão, elas se tornam amarelo-avermelhadas, medindo cerca de 0,7 por 0,5 mm.

As larvas nas pastagens apresentam geotropismo negativo e fototropismo positivo à intensidade moderada de luz. Sua longevidade depende da temperatura e da umidade relativa, sendo que o calor acelera o metabolismo. À medida que aumenta sua idade fisiológica, elas vão perdendo sua capacidade infestante. Na vegetação, as larvas ficam agrupadas, evitando desse modo a perda de umidade e protegendo-se da incidência direta dos raios solares, aguardando a passagem do hospedeiro. Podem permanecer nestes locais, por mais de 8 meses, até que um animal adequado seja encontrado. O período de atividade das larvas na vegetação, ocorre nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando a temperatura é mais amena.

Importância Zootécnica
Ao picar, o carrapato causa perda de sangue, devido à sua ação hematófaga, influenciando no ganho de peso, no estado nutricional e, em conseqüência, na produção, dependendo da intensidade da infestação parasitária. A lesão causada na pele dos animais pode favorecer o aparecimento de infecções secundárias como as miíases cutâneas. Nossas estimativas sobre os prejuízos causados pelo B. microplus não são nada animadoras; no RS, por exemplo, os produtores deixam de arrecadar cerca de 70 milhões de dólares anualmente somente considerando a produção de carne; os gastos com agroquímicos para o controle e profilaxia do carrapato e de miíases pode ultrapassar os 190 milhões de doláres por ano e por fim o prejuízo anual do parasitismo do B. microplus no Brasil pode alcançar 1,8 bilhões de dólares/ano.

A principal forma de controle ainda são os banhos carrapaticidas, porém o crescente surgimento de populações deste carrapato resistentes aos acaricidas disponíveis no mercado e o aparecimento de resíduos químicos em alimentos de origem animal demanda o desenvolvimento de abordagens alternativas de controle, como o uso de vacinas.

Vacinas
A partir da necessidade de novos métodos de controle do B. microplus o desenvolvimento de vacinas economicamente viáveis para o combate do carrapato torna-se um desafio um tanto quanto promissor. As vacinas são sem sombra de dúvidas o método mais eficiente de profilaxia para as mais diversas epidemias, sejam de doenças causadas por microorganismos ou de parasitos. Além de ser um método relativamente barato de controle, a vacinação carrega consigo a vantagem de não deixar nenhum tipo de resíduo nos alimentos de origem animal. Porém, antes de tudo é necessário que se caracterizem antígenos vacinais. Para isso torna-se fundamental um profundo estudo acerca da fisiologia do parasito, bem como das resposta que o hospedeiro desencadeia no sentido de proteger-se do parasitismo.

A escolha desses antígenos, para o combate de parasitos - que são organismos muito mais complexos que bactérias, por exemplo - não é aleatória; as moléculas escolhidas para este fim, devem desempenhar algum papel relevante no parasitismo ou mesmo terem importância fundamental na manutenção da vida do parasito. Exemplos de possíveis alvos que sejam responsáveis por funções chave no parasitismo são: anticoagulantes, antiinflamatórios e outras moléculas que modulem a resposta imune do hospedeiro, enzimas digestivas ou responsáveis pela embriogênese. Por outro lado existe ainda a possibilidade de usar-se moléculas consideradas antígenos ocultos, ou seja, moléculas que não entram em contato com o sistema imune do hospedeiro, pois estas seriam capazes de desencadear uma maior resposta imune por não terem sofrido as chamadas evoluções adaptativas do parasitismo.

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