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sábado, 21 de junho de 2008

SOLO

O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico. Tem como componentes principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), e a água e o ar na designada componente "não sólida". O solo DEVE ser encarado como uma interface entre o ar e a água (entre a atmosfera e a hidrosfera), sendo imprescindível à produção de biomassa.

Assim, o solo não é inerte, o mero local onde assentamos os pés, o simples suporte para habitações e outras infraestruturas indispensáveis ao Homem, o seu "caixote do lixo"!. Sempre que lhe adicionamos qualquer substância estranha, estamos a poluir o solo e, directa ou indirectamente, a água e o ar.

Contaminação do solo


O uso da terra para centros urbanos, para as actividades agrícola, pecuária e industrial tem tido como consequência elevados níveis de contaminação. De facto, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias actividades, etc. Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais.

A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afectada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.

Regra geral, a contaminação do solo torna-se problema quando:
há uma fonte de contaminação;
há vias de transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área contaminada;
há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação.
O problema pode ser resolvido por:
remoção dos indivíduos e/ou bens ameaçados;
remoção da fonte de poluição;
bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área).
Medidas de recuperação do solo
Se o estudo de solos contaminados é recente, a investigação e desenvolvimento de processos e tecnologias de tratamento é-o ainda mais.

A abordagem das áreas contaminadas considera, normalmente, três fases fundamentais:
Identificação das áreas contaminadas (inventários);
Diagnóstico-avaliação das áreas contaminadas;
Tratamento das áreas contaminadas.
Atualmente consideram-se três grandes grupos de métodos de descontaminação de solo:
descontaminação no local ("in-situ");
descontaminação fora do local ("on/off-site");
confinamento/isolamento da área contaminada.
Esta 3ª opção não se trata verdadeiramente de um processo de descontaminação, mas sim de uma solução provisória para o problema. O tratamento do solo como metodologia de recuperação de áreas contaminadas é uma alternativa cada vez mais significativa relativamente à sua deposição em aterros sanitários, devido essencialmente ao aumento dos custos envolvidos.

Tecnologias de Tratamento
A Figura a baixo sistematiza os métodos e técnicas disponíveis para tratamento de solos contaminados. As técnicas "on/off site" exigem a extracção, por escavação, do solo contaminado. O solo extraído pode ser tratado no local ("on-site") ou em estações de tratamento ("off site"), sendo depois reposto no local de origem ou noutro para outros fins, depois de descontaminado.

Com a tecnologia disponível actualmente, uma parte dos solos contaminados ainda não é ou é problematicamente descontaminável, devido a problemas de ordem vária como: emissões gasosas de alto risco, concentrações residuais inaceitavelmente elevadas e/ou produção de grandes quantidades de resíduos contaminados. Isto é particularmente verdade para solos poluidos com hidrocarbonetos aromáticos halogenados e/ou metais pesados, bem como com solos contendo elevada percentagem de finos.

Para além destes aspectos, algumas das técnicas utilizadas envolvem elevados custos de tratamento. Dos diferentes métodos de descontaminação do solo (biológicos ou não biológicos), apenas os biológicos e a incineração permitem a eliminação ambiental dos poluentes orgânicos, através da sua mineralização.


Métodos e técnicas de tratamento de solos contaminados (adaptado de Molitor).

Tratamento Térmico
As necessidades energéticas das técnicas térmicas são, normalmente, bastante elevadas e são possíveis emissões de contaminantes perigosos. Contudo, em determinados casos, podem ser utilizadas temperaturas substancialmente baixas, levando a consumos de energia relativamente diminutos. O processo é ainda passível de minimizar outros tipos de poluição ambiental, se as emissões gasosas libertadas forem tratadas. As instalações para este método de tratamento podem ser semi-móveis, e os custos dependem, não só do processo em si, como também do teor de humidade, tipo de solo e concentração de poluentes, bem como de medidas de segurança e das regulamentações ambientais em vigor.

Tratamento Físico-Químico
Dos processos físico-químicos, os métodos actualmente mais usados baseiam-se na lavagem do solo. Estes métodos fundamentam-se no princípio tecnológico da transferência de um contaminante do solo para um aceitador de fase líquida ou gasosa. Os principais produtos a obter são o solo tratado e os contaminantes concentrados. O processo específico de tratamento depende do tipo(s) de contaminante(s), nomeadamente no que se refere ao tipo de ligação que estabelece com as partículas do solo.

Geralmente as argilas têm uma elevada afinidade para a maior parte das substâncias contaminantes (por mecanismos físicos e químicos). Assim, para separar os contaminantes do solo, há que remover as ligações entre estes e partículas do solo, ou extrair as partículas do solo contaminadas.

A fase seguinte consiste na separação do fluido, enriquecido em contaminantes das partículas de solo limpas.

Adicionalmente pode ser necessário considerar um circuito de exaustão e tratamento do ar, se for provável a libertação de compostos voláteis. A aplicação desta técnica pode não ser viável (técnica e economicamente), especialmente quando a fracção argila do solo é superior a 30%, devido à quantidade de resíduo contaminado gerada.

Tratamento Biológico
Os métodos biológicos baseiam-se no facto de que os microorganismos têm possibilidades praticamente ilimitadas para metabolizar compostos químicos. Tanto o solo como as águas subterrâneas contêm elevado número de microorganismos que, gradualmente, se vão adaptando às fontes de energia e carbono disponíveis, quer sejam açucares facilmente metabolizáveis, quer sejam compostos orgânicos complexos. No tratamento biológico, os microorganismos naturais, ou indígenas, presentes na matriz, são estimulados para uma degradação controlada dos contaminantes (dando às bactérias um ambiente propício, i.e., oxigénio, nutrientes, temperatura, pH, humidade, mistura, etc.). Em determinadas situações (presença de poluentes muito persistentes), pode ser necessário recorrer a microorganismos específicos ou a microorganismos geneticamente modificados, de modo a conseguir uma optimização da biodegradação.

Atualmente as principais técnicas biológicas de tratamento incluem:
"Landfarming"
Compostagem
Descontaminação no local
Reactores biológicos
Outras técnicas inovadoras (cometabolismo, desnitrificação, etc).
Estas técnicas, à excepção do "landfarming", estão ainda numa fase de desenvolvimento.

Recentemente, tem sido dada particular relevância aos métodos biológicos de descontaminação de solos, tecnologia promissora que pode vir a ter um papel de importância crescente na recuperação de áreas contaminadas pelas actividades industrial e urbana. O tratamento biológico do solo diminui os riscos para a saúde pública, bem como para o ecossistema e, ao contrário da incineração ou dos métodos químicos, não interfere nas propriedades naturais do solo.


Solo
O solo, como recurso natural básico, disponibiliza múltiplas funções ou serviços aos seres vivos em geral e ao Homem em particular, constituindo:

Componente fundamental dos ecossistemas e dos ciclos naturais
Reservatório de água
Suporte essencial do sistema agrícola
Espaço para as actividades humanas e para os resíduos produzidos
Para que o solo mantenha as múltiplas capacidades de suporte dos sistemas naturais e agrícolas, é fundamental que as suas características estruturais permaneçam em equilíbrio com os diversos sistemas ecológicos. Este condicionamento é tanto mais determinante quanto o tipo de solo é frágil e pouco estável.

A preocupação com os processos de degradação do solo vem sendo crescente, à medida que se verifica que, para além da clássica desertificação por secura, outros processos conducentes aos mesmos resultados se têm instalado, devidos a:

Utilização de tecnologias desadequadas em culturas de sequeiro
Falta de práticas de conservação de água no solo
Destruição da cobertura vegetal
Em Portugal, estas situações têm fortes repercussões negativas em termos globais, dadas as características dos solos. A degradação do solo traduz-se, na prática, pelo seu esgotamento e pelo desaparecimento dos horizontes superficiais (camada arável), por vezes até à situação de rocha nua, sendo causa direta da desertificação, ou seja, degeneração dos ecossistemas produtivos. Este processo resulta maioritariamente da maior ou menor agressividade do clima e da atividade do Homem. As conseqüências visíveis deste processo são, de imediato, a transformação da paisagem e alteração do regime hidrólogo, com as conseqüentes carências hídricas e irregularidades nos regimes pluviofluviais, que, tornando-se torrenciais, causam a destruição dos solos.

Contaminação de Solos
Um dos principais fenômenos de degradação dos solos é a contaminação, nomeadamente por:
Resíduos sólidos e líquidos provenientes de aglomerados urbanos, na medida em que a maioria são ainda depositados no solo sem qualquer controle, levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro lado, o metano produzido pela degradação anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, pode acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão;

Águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos lançados diretamente sobre os solos e/ou deposição de partículas sólidas, cujas descargas, continuam a ser maioritariamente não controladas, provenientes da indústria, de onde se pode destacar a indústria química, destilarias e lagares, indústria de celulose, indústria de curtumes, indústria cimenteira, centrais termoeléctricas e atividades mineira e siderúrgica, assim como aquelas cujas atividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo;

Efluentes provenientes de atividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agropecuárias intensivas (suiniculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contributos de pesticidas e adubos, podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes;

O processo de contaminação, pode então definir-se como a adição no solo de compostos, que qualilativa e/ou quantitativamente podem modificar as suas características naturais e utilizações, produzindo então efeitos negativos, constituindo poluição. Estando a contaminação do solo diretamente relacionado com os efluentes líquidos e sólidos neste lançados e com a deposição de partículas sólidas (lixeiras), independentemente da sua origem, salienta-se a imediata necessidade de controlo destes poluentes, preservando e conservando a integridade natural dos meios receptores, como sendo os recursos hídricos, solos e atmosfera.

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